Matéria veiculada no site do Instituto Vencer o Câncer ressalta a importância de ampliar o acesso aos medicamentos para pacientes oncológicos.
O oncologista Antonio Carlos Buzaid, um dos fundadores do Instituto Vencer o Câncer, ressalta o grande número de medicamentos anticâncer que são administrados via oral e a importância de sua incorporação nos planos de saúde.
O Projeto Sim para Quimio Oral tem como objetivo solicitar à Agência Nacional de Saúde (ANS) que, após a análise da ANVISA, incorpore os medicamentos antineoplásicos orais ao seu rol, assim como é feito com os medicamentos de aplicação intravenosa.
O grande desafio dos quimioterápicos orais é o acesso pleno, não apenas garantindo que a população tenha acesso aos medicamentos, mas também esclarecendo as muitas dúvidas que ainda existem sobre o tema. Ainda nos deparamos com os obstáculos enfrentados por pacientes e equipes multidisciplinares para garantir adesão e fazer com que esse tipo de medicação possa beneficiar muitos pacientes.
A aplicação do tratamento oral possibilita ao paciente um conforto maior, já que lhe permite tomar a medicação sem alterar sua rotina, beneficiando-o do tempo junto a família, sem precisar ir ao hospital ou clínica para receber a medicação intravenosa.
Entretanto, sua aplicação exige cuidados já que pode provocar efeitos colaterais, assim como todos os medicamentos administrados por via endovenosa. O acompanhamento médico – verificação de dosagem, restrições alimentares e alterações de formulação, se mantém essencial para o sucesso do tratamento.
Com o crescimento progressivo da população afetada, esse tipo de tratamento deve ser mais recorrente. É importante salientar que hoje em dia quem tem câncer não está fadado à morte. O paciente pode, felizmente, viver muitos anos. Com a revolução da indústria farmacêutica a tendência é que tenhamos cada vez mais pacientes dentro deste perfil, de possibilidade de acesso a este tipo de tratamento.
O Projeto Sim para Quimio Oral foi aprovado em junho de 2020 no Senado e ainda terá que passar pela Câmara dos Deputados e sanção do Presidente vigente.
